Ao longo de centenas de anos, estudiosos das áreas de comportamento humano e psicologia tem tentado entender as relações do ser humano com o seu espaço ao redor. Desde o momento que nascemos até o final de nossas vidas, estamos em espaços arquitetônicos, sejam eles simples ou complexos, que podem delimitar nossa qualidade de vida e bem estar.
Não é por acaso que hotéis e resorts trazem essa sensação de aconchego, conforto, leveza, paz e bem estar que tanto buscamos mas dificilmente encontramos em nossas próprias casas.
Mas as preocupações com o espaço que vivemos é mais "atual" do que pensamos.
É facil entender isso quando pensamos na verticalização dos espaços, resultado da Revolução Industrial e os problemas não imaginados ou conhecidos, que iam além de técnicas de construção.
Casas e Fábricas eram espaços insalubres e inadequados. Ambientes quentes, sem ventilação, úmidos, repletos de problemas, afinal, os espaços não eram pensados para seus usuários mas meramente para as funções que seriam exercidas.
As primeiras reinvindicações vieram para mudar o rumo das coisas e trazer, pelo menos um começo, de qualidade de vida.
Ao longo dás últimas décadas, observamos uma mudança nesse pensamento, onde a funcionalidade era quesito básico para uma boa arquitetura, e não que isso seja errado, afinal, é uma das premissas para uma boa arquitetura, mas não deve ser usada como único e principal objetivo, como era na época industrial.
“Em primeiro lugar, edifícios e espaços urbanos devem ser projetados pensando em seus usuários. A importância da arquitetura no bem-estar físico, fisiológico e psicológico das pessoas está se tornando um tópico cada dia mais relevante.” - Sergio Altomonte, arquiteto e professor associado do departamento de arquitetura e ambiente construído da Universidade de Nottingham
O ser humano demorou muito tempo para ter consciência das implicações que os espaços provocam no comportamento humano, e isso de deve ao advento da psicologia ambiental.
Rinites e sinusites, por exemplo, podem ser melhoradas com a arquitetura correta. A falta de ventilação adequada não apenas abafa o ambiente (facilitando a proliferação de bactérias e ácaros), comprometendo o desempenho e desenvolvimento das atividades, como também favorece a saturação do ar, dificultando a "limpeza" necessária e obviamente, crises de rinites e sinusites.
Assim também vale para a iluminação solar, que não apenas tem função de iluminar ambientes, mas tem função primordial na higienização de espaços e aquecimento.
"Condições de iluminação, de escala e proporção assim como os materiais e suas texturas são características espaciais que emitem informações para nossos sentidos, afetando a maneira como nos relacionamos com o espaço, produzindo um sem fim de sensações e reações." Christele Harrouk | Traduzido por Vinicius Libardoni - Archdaily
Ventilação, Iluminação, Acústica, Uso de materiais corretos e Cores adequadas, hoje são entendidos como essenciais e fundamentais para um projeto bem sucedido, que gere bem estar e qualidade de vida aos seus usuários/moradores, mas não só isso, a Arquiteta e Designer Migette Kaup expõe que os espaços projetados podem induzir determinados tipos de comportamento nas pessoas; projetos que incorporem noções de proporção, simetria e ritmo são capazes de provocar sensações de tranquilidade e harmonia, por exemplo, por outro lado, existem questões que influenciarão para o aumento da ansiedade (como a falta de ventilação e iluminação correta).
Desta forma, cada ambiente deve ser pensado e planejado com cuidado, entendendo as suas necessidades, as funcionalidades, a ergonomia e visando o bem estar dos usuários, para que se construa boas arquiteturas, ambientes internos e externos confortáveis e convidativos.
Quer saber como deixar seu espaço agradáve e funcional? Entre em contato através dos campos abaixos, deixando seu nome, telefone, e-mail e nos conte um pouco do seu sonho, e deixe tudo conosco!
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